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    As masterclasses internacionais em física de partículas em Portugal

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    Todos os anos, desde 2005, institutos de investigação e universidades de todo o mundo convidam estudantes do ensino secundário a experimentar a linha da frente da investigação fundamental. São as Masterclasses Internacionais em Física de Partículas, um programa do International Particle Physics Outreach Group (IPPOG) que oferece aos estudantes a oportunidade de serem cientistas por um dia, analisando dados reais recolhidos no acelerador LHC (Large Hadron Collider) do CERN, o Centro Europeu de Física de Partículas. Em 2015, participaram nas Masterclasses estudantes de 42 países, recebidos em 210 universidades e laboratórios. A participação de países de todo o mundo reflete a internacionalização das colaborações em Física de Partículas. Os estudantes vivenciam este aspeto na videoconferência com que terminam o seu dia de pesquisa, apresentando os resultados aos participantes de outros países, com a moderação de cientistas no CERN. Portugal participa desde a primeira edição, com a colaboração do LIP - Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas, promotor nacional da atividade, e o apoio da Agência Ciência Viva. Em 2014, cerca de dois mil estudantes e centena e meia de professores participaram nas Masterclasses organizadas em 13 instituições do ensino superior um pouco por todo o País: de Faro a Braga e de Bragança a Ponta Delgada, passando por Beja, Évora, Lisboa, Covilhã, Coimbra, Aveiro, Porto e Vila Real. Foi ainda prestado apoio à realização das Masterclasses na Universidade de São Tomé e Príncipe. A dimensão e o sucesso das Masterclasses em Portugal não são a regra na generalidade dos países europeus, tendo-se notado um crescimento acentuado desde o inicio da realização de Escola de Física no CERN para professores em língua portuguesa. Nos últimos anos, verifica-se que cerca de 20% dos participantes nas Masterclasses são portugueses. Além da aquisição de conhecimentos ou da perceçâo do fascínio da investigação fundamental, aspetos como a cooperação internacional na ciência, a comunicação entre cientistas de diferentes línguas e culturas, ou a estreita relação de interdependência entre ciência fundamental e tecnologia, que o CERN tão bem representa, são aprendizagens a valorizar. Neste contexto, importa hoje sobretudo refletir sobre as formas de maximizar o ganho para todos os participantes
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